Acordo Ortográfico: O que mudou no alfabeto?

Acordo Ortográfico: O que mudou no alfabeto?

Como tudo começou? A escrita surgiu em 4000 a.C., entretanto, as origens do alfabeto são mais recentes. Existem vestígios que mostram que as primeiras letras foram criadas em 1000 a.C.

Historiadores acreditam que a escrita foi inventada quatro vezes e quase simultaneamente em lugares diferentes. Inicialmente usavam-se imagens no lugar de letras. Esses sistemas foram chamados de pictóricos ou ideográficos. Um exemplo bastante conhecido desse tipo de escrita é o hieróglifo egípcio. As imagens começaram a evoluir para códigos. Esses símbolos, que antes representavam objetos, foram tornando- se cada vez mais abstratos e passaram então a representar sílabas ou o som predominante do objeto. A partir disso Iniciou-se uma nova fase da escrita humana.

Eles usavam desenhos de objetos como símbolos para um certo som, como nós usamos o desenho de um boi para representar a sílaba “bo”. A partir disso, a escrita não parou mais de evoluir. Na época, para evitar ambiguidades, foram criados também símbolos determinativos. Abriu-se então um enorme leque de símbolos para serem aprendidos. Foi assim que a escrita teve início. Mas, aprender esses símbolos era como decorar o dicionário. Apesar da sua utilidade, eles deixavam muitas margens para dúvidas. Porém, o problema foi resolvido mais tarde com a criação do alfabeto.

O alfabeto se solidificou com a expansão da religião cristã e chegou à América com os navios espanhóis e portugueses. Depois chegou à África por influência dos missionários (época do imperialismo e das expansões marítimas).

As mudanças no novo acordo ortográfico:

O alfabeto chegou e todos nós o conhecemos desde a infância, ele tinha 23 letras e algumas letras tinham cunho apenas de ordem estrangeira.

No novo acordo ortográfico, o alfabeto passa a ter 26 letras, pois as letras K, Y e W passam a fazer parte do alfabeto.

Quando usar as letras K, E e Y?

  1. Usam-se as letras em abreviaturas e como símbolos de uso internacional.

              Exemplo: km, kg, K, Kr, kW, kWh, W, w.

  1. Usa-se em palavras estrangeiras que não foram “aportuguesadas”. Exemplo: Know-how e show.
  2. Usa-se em nomes próprios estrangeiros e seus derivados.  Exemplo: Wagner, Washington, etc.

O uso da letra H

  1. No início do vocábulo, mas quando não representa fonema e é determinado pela tradição da escrita ou etimologia. Exemplo: hélice, hoje, helicóptero, humanidade, etc.
  2. Utilizado nos dígrafos -CH, -LH, -NH. Exemplo: chave, chuva, malha, etc.
  3. Ao final de algumas interjeições. Exemplo: Ah! Ih!
  4. Será usado nas palavras compostas onde o segundo elemento se liga ao primeiro por hífen. Exemplo: super-homem, pré-história, bem-humorado, etc.

O Dígrafo SC

O dígrafo SC é usado em palavras originadas do latim. Exemplo: nascer, descer, incandescente, etc.

Consoantes mudas

  1. Consoantes que não pronunciadas, não devem ser escritas. Exemplo: diretor, assinar, etc.
  2. Aquelas que não variam faladas devem ser preservadas. Exemplo: eucalipto, convicção, dicção, ficção, etc.
  3. Não é obrigatório o uso as letras B, C, G e P (seguidas de consoante), desde que não tenha alteração no sentido da palavra. Exemplo: contacto ou contato, sumptuoso ou suntuoso, etc.

Consoantes dobradas

Duplicam-se somente as letras -C, -R e -S, tais como: fricção, forro e passo.

Nota importante: –RR e -SS são usados entre vogais quando estiverem representando os seus sons simples, como carro e massa, por exemplo. Também quando dois elementos se ligam e um termina em vogal e o outro começar por R ou S: pressentir, prerrogativa, por exemplo.

O Emprego das letras G e J

G

  1. Escrevem-se com G os substantivos que terminam em: -GEM (-gema). Exemplo: viagem, friagem, algema, etc. Exceções: pajem e labujem.
  2. Palavras terminadas em –GIO. Exemplo: relógio, estágio, etc.
  3. Verbos terminados em –GER e – GIR. Exemplos: ranger, surgir e etc.

J

  1. Derivações daquelas terminadas em -JA. Exemplo: laranjada (de laranja).
  2. As formas de conjugação dos verbos em -JAR. Exemplo: arranjei (de arranjar), viajar (de viajei), beijou (de beijar), etc.
  3. Palavras de origem indígena, africana ou popular: jeca, jiboia, jenipapo, etc.
  4. Palavras como: jerimum, jeito, pajem, etc.

Emprego da letra S

  1. Palavras monossilábicas: ás (carta do jogo de baralho), três, mês, etc.
  2. Palavras oxítonas: aliás, retrós, etc.
  3. Nomes próprios: Inês, Luís, Luísa, Sousa, Queirós, etc.
  4. Adjetivos pátrios terminados em -ÊS: português, japonês, etc.
  5. Flexões de PÔR e QUERER e  derivados: puser, quis, repôs, supus, etc.
  6. Verbos terminados em -ISAR, com -S etimológico: alisar, paralisar, etc.
  7. Nas seguintes palavras:  turquesa, empresa, espontâneo, esplendor, etc.

Emprego da letra X

  1. Depois de ditongo. Exemplo: faixa.
  2. Geralmente após a sílaba inicial EN: enxada, enxaguar, enxurrada, etc.

A exceção é feita para os vocábulos derivados de outros com CH: encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), encher (de cheio), etc.

  1. Palavras oriundas da cultura indígena ou africana: abacaxi, caxambu, etc.
  2. Outras palavras: xarope, xícara, oxalá, etc.

Nota importante: usa-se a letra X para representar o som de SS (sintaxe), CH (xarope), Z (exame) e CS (tóxico). A letra X pode formar dígrafo com a letra C: excitar, excessivo etc.

Quando usar a letra Z?

  1. Derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO, -ZITO. Exemplo: cajuzeiro, cajuzinho, etc.
  2. Derivados das palavras terminadas em Z. Exemplo: enraizar (de raiz).
  3. Verbos com sufixo -IZAR. Exemplo: valorizar, memorizar…
  4. Abstratos com -EZ, -EZA. Exemplo: estupidez, pobreza.

Pronto! Não é tão difícil assim, não acha?

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Um grande abraço da Profª. Larissa Ataíde.

Sobre o Autor

Larissa Ataíde
Larissa Ataíde

ESPECIALISTA EM ENEM, VESTIBULARES E CONCURSOS PÚBLICOS.

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