COMO ESTUDAR: AS 7 ARMADILHAS DO “SE”
A palavra SE na língua portuguesa pode ser utilizada com uma série de funções que irão determinar especificamente a sua funcionalidade e o seu papel dentro da estrutura da frase. Apesar de parecer um tanto quanto fácil, há sete armadilhas do “se” que podem confundir os estudantes na hora das provas.
Neste artigo, você irá conhecer todas essas funções e entender com exemplos as suas aplicações. Poderá também realizar seus próprios estudos baseando-se nos exemplos mostrados e realizando testes e exercícios com o objetivo de aprimorar a matéria e entender de forma prática quais são essas armadilhas.
Uma dica importante é realizar resumos e fazer exercícios com frequência. Quanto mais você praticar, mais fácil ficará de conseguir encontrar os usos corretos e a maneira de se expressar de acordo com todas as regras da gramática.
Conheça as 7 “armadilhas” do SE:
A palavra SE pode ser utilizada de duas maneiras principais: como uma conjunção – que, assim como a preposição, faz a ligação dos elementos da frase e adiciona o sentido desejado pelo locutor.
SE com função de conjunção
1 – O SE com função de conjunção subordinativa integrante
Nessa função, a palavra SE irá introduzir as orações de caráter subordinado substantivo. A palavra é essencial para determinar o sentido da frase, pois as orações unidas por essa conjunção possuem uma relação de dependência entre si.
Ex.: Eu quero saber se ele irá acompanhar nossa aula.
A primeira parte da frase não pode ter significado quando não é adicionado o SE, e o questionamento é realizado logo em seguida.
2 – O SE com função de conjunção subordinativa condicional
Nessa forma, a palavra SE irá introduzir na frase as orações de caráter subordinado adverbial condicional. A parte da frase que for introduzida no contexto pela palavra SE terá como função estabelecer uma condição para a ocorrência da primeira.
Ex.: Fale com a professora se você não conseguir entender a matéria em sala de aula.
SE com função de pronome
A função do SE como pronome pessoal oblíquo é uma das principais armadilhas da língua e pode causar muitas dúvidas aos estudantes. O seu principal objetivo é referir-se a um nome, acompanhar um nome ou fazer a sua qualificação. Ele pode ter várias funções diferentes na oração. Vejamos:
3 – SE com função de pronome reflexivo
O pronome reflexivo SE serve para indicar, na oração, que a ação recai sobre o próprio sujeito.
Ex.: Ele assustou-se ao participar das atividades festivas do Halloween.
4 – SE com função de índice de indeterminação de sujeito
Quando se quer deixar o sujeito da frase indeterminado, a palavra SE terá a função de índice de indeterminação do sujeito. Relaciona-se a verbos intransitivos, transitivos indiretos, de ligação e transitivos diretos com objeto direto preposicionado. Os verbos devem ficar na terceira pessoa do singular.
Ex.: Necessita-se de funcionários qualificados. (VTDI+OI)
Em Manaus se é feliz. (VL + predicativo)
Vive-se bem em Madri. (VI + adj. adverbial)
Ama-se a Deus sobre todas as coisas. (VTD+ objeto direto preposicionado)
5 – SE com função de partícula apassivadora
A função de partícula apassivadora faz com que a palavra SE tenha o objetivo de conectar os verbos transitivos diretos à intenção de apassivar os mesmos. O verbo concorda com o sujeito, e a frase está na voz passiva sintética.
Ex.: Contaram-se fatos extremamente desagradáveis(Fatos extremamente desagradáveis foram contados.).
6 – SE com função de partícula integrante do verbo
Quando aplicada com essa função, a palavra SE estará sempre como parte integrante do verbo da oração, bem como conectada aos verbos de caráter pronominal. Observe o exemplo a seguir:
Ex.: João estava cansado de iludir-se com a vida.
São exemplos de verbos pronominais: queixar-se, suicidar-se, zangar-se, arrepender-se…
7 – SE com função de partícula expletiva
A partícula expletiva é uma função na qual a palavra “se” não irá executar nenhum tipo de função sintática quando for associada a verbos, como você poderá notar na seguinte frase:
Ela chegou cansada de seu passeio e foi logo ao quarto para deitar-se.
Estude bastante para não cair nas armadilhas do “se”!
Muitos alunos podem ter dificuldades na hora de executar os conteúdos aprendidos em sala em exercícios práticos, mas é importante que você não se desanime, afinal, todos estamos em um processo de aprendizagem ao longo de toda a vida, e é preciso praticar para realmente aprender.
Busque perguntar ao seu professor todas as vezes que tiver alguma dúvida sobre o conteúdo ensinado em sala de aula. Ele poderá tornar as coisas muito mais fáceis ao explicar de forma didática, aplicando exemplos como os que você viu nesse artigo e influenciando o seu processo de aprendizagem a melhorar cada vez mais.
Faça resumos das matérias em casa e não deixe nunca de realizar os exercícios designados pelos professores para fora do ambiente da classe, pois eles serão essenciais para que o aluno consiga entender os assuntos nos quais possui maior dificuldade, para que ele possa, então, elaborar melhores estratégias para conseguir aprender com facilidade.
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